domingo, 11 de novembro de 2012

Revolta



Para o nosso primeiro-ministro, a imperialista Chanceler Merkel, a sua indesejável visita, e aquele suspeito laço luso-germânico, este poema, uma sentida vaia. Homenagem, quero dizer. 



O bigode de Pedro Passos Coelho

O nosso primeiro-ministro não tem bigode,
Mas aquele bigode que ele tem,
Neoliberal, tirânico, surreal,
A bordar-lhe o beiço superior,
Só me traz à memória o bigode de Adolfo Hitler.
- Aquele suástico, hediondo, maligno  
Fino feixe de pelugem,
Tão suástico, hediondo e maligno
Quão os seus arreigados delírios.
Pelos vistos, e surpreendentemente,
O compadrio ideológico
Vai para além da mera partilha de desígnios.
Parece que aflora também ao chão da epiderme
E se manifesta das mais variadas
E inesperadas formas.
– Sob a forma de um bigode, por exemplo.
E eu que detesto bigodes.
– Especialmente aquela fina pelugem
Do nosso primeiro-ministro. Hedionda.

O sumo pontífice nazi
Atirou milhões de judeus
Para os campos de concentração – a morte.
Pedro Passos Coelho,
A milhões de portugueses,
Pretende atirá-los
Para os campos da miséria – o Inferno.             
Empunhemos as tesouras
E cortemos-lhe  pois o bigode,
 Antes que ele as amarras que nos sustêm,
Delirado, corte.

(dinismoura)

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